Povoam os ângulos mais distantes desta vastidão escura, este universo antigo, coisas que pulsam energia, ralos por onde a luz escoa, impossíveis névoas de estranha matéria.
Este mesmo planeta onde vivo é bola azul improvável, cercado de perigos terríveis, grandes pedras em vôo livre, atratores mal-humorados...
E daqui se vê tanto... espetáculos de cores, jatos de substâncias, explosões que inseminam o vazio.
“Vazio”...
Cada pequeno grão de nada nos espaços siderais contém portais selados para outras paralelas possibilidades...
E, enquanto se expande a colcha estrelada ao longo de bilhões de anos, minha imaginação não pode deixar de se pasmar ante a assombrosa constatação de que, para os homens sérios, importante e belo são adjetivos que se adequam apenas ao que cabe no interior de suas cercas.
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